terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mas o que é que faz sentido?!

O candidato Jorge Almeida abraça o responsável pelo encerramento do Hospital da Régua.
Tal como o cartaz evidencia é um abraço amigo e incondicional, caso contrário não o teria trazido para a campanha eleitoral.



É um abraço solidário e por isso, inequivocamente, um sinal de apoio às políticas de saúde de José Sócrates - as mesmas que fizeram cair o nosso Hospital.

Há algum tempo, João Rodrigues, escrevia-lhe no Notícias do Douro, dizendo: «(...) Com isto apenas queremos dizer que é difícil, por mais A4’s que envie aos reguenses, demonstrar-lhes que a razão está do lado do governo que o senhor defende. Entendemos, também, a sua dificuldade pois ocorrerão dentro de pouco tempo alguns actos eleitorais em que forçosamente o senhor terá que estar presente. Brevemente a eleição para os órgãos locais do PS e depois as autárquicas. Ora, se internamente o senhor só precisa dos votos dos seus camaradas já na eleição para a autarquia irá necessitar dos votos do povo e quando se está contra o povo sabe-se de antemão qual será o resultado.»

Será que foi esta a preocupação do candidato quando colocou na rua o cartaz que a seguir se indica?


Os Reguenses não se deixarão enganar por cartazes de campanha. Cartazes são apenas obra de propaganda e não obra feita aos serviço das populações. As estruturas que suportam os cartazes são sempre muito pouco resistentes ao contrário daquelas que sustentam o trabalho realizado a favor dos munícipes.

Relembremos parte de um artigo de Francisco Gouveia, publicado no Notícias do Douro, antes do encerramento do Hospital.


«A Câmara Municipal da Régua elaborou um excelente documento justificativo da manutenção da Urgência do D. Luíz I, rebatendo o execrável estudo que aconselhou o seu encerramento. Contudo, duvido que a justeza da argumentação invocada tenha eco na maioria socialista – 13 deputados – da Comissão Parlamentar de Saúde.
Mas se a Oposição – 12 deputados – na dita Comissão votar a favor da Urgência, falta só um voto para que se ganhe, pelo menos, um parecer favorável. Um voto que terá que ser de um socialista. Por coincidência, há só um deputado socialista na Comissão, que foi eleito por Vila Real e reside na Régua, …

Mas vejamos, então, a composição e origem desta Comissão Parlamentar de Saúde. É composta por 25 membros, sendo 13 do PS e os restantes 12, sendo: 6 do PSD, 2 do PC, 2 do CDS/PP, 1 do BE e 1 do PEV. É presidente desta Comissão a socialista Maria de Belém e a vice-presidente a social-democrata Ana Manso. Ainda como curiosidade, acrescente-se que o único membro desta Comissão, eleito pelo distrito de Vila Real, é o Dr. Jorge Almeida, do PS.

Pela aragem se adivinha no que isto vai dar. Com uma maioria PS, apoiante indefectível do Ministro, e só com um representante de Vila Real, que ainda por cima já deu a entender o que pensa sobre a matéria (em recente entrevista ao Arrais), e o que disse que pensava não nos agradou, o mais certo é a referida Comissão estar-se nas tintas para o estudo da Câmara da Régua e a maioria socialista dizer ámen com o Governo. Por outro lado, verifica-se que na Comissão Parlamentar, PSD, PC, CDS/PP, BE e PEV, perfazem 12 deputados.

Se estes votarem a favor da manutenção da urgência e se a estes votos se somar a do deputado de Vila Real, Dr. Jorge Almeida, ficam 13 a favor da urgência e 12 contra. Mas será que o sr. deputado Dr. Jorge Almeida vai votar com a Oposição?

Hoje, os Reguenses conhecem bem a resposta à interrogação formulada pelo Eng. Francisco Gouveia!

1 comentário:

Anónimo disse...

A saga continua:
http://reguadouro.blogspot.com/